Dizia Eduardo Lourenço, um dos mais importantes filósofos portugueses do séc. XX/XXI, que "mais importante do que o destino é a viagem". E não há nada melhor para se desfrutar da paisagem e darmo-nos à aventura do que trocar o avião pelo carro e partir à descoberta.
A beleza está nos olhos de quem a vê e em Portugal não faltam motivos para deslumbramento. Com o tempo a pedir uma boa viagem, é altura de fazer as malas, metê-las nas amplas bagageiras dos modelos SEAT Ibiza, Arona, Leon, Leon Sportstourer, Ateca ou Tarraco, e fazer-se à estrada para conhecer as cidades mais bonitas de Portugal.
Venha daí, nós seremos o seu GPS nesta viagem!
Visitar a pérola do Lima de carro é embrenharmo-nos num serpentear sereno de estradas salpicadas pelo verde intenso e majestoso do Alto Minho. Seja pela EN 13 que vem da Póvoa de Varzim, seja por uma das inúmeras estradas nacionais e municipais que nos permitem chegar a Viana, eis que uma das criações de Eiffel nos recebe com toda a pompa e circunstância: a Ponte Rodoferroviária de Viana do Castelo ou, mais simplesmente, Ponte Eiffel.
Inaugurada a 1 de Julho de 1878, esta ponte com um comprimento total de 645 m leva-nos para a cidade de Portugal onde repousam uma série de tradições, entre elas, o tradicional traje minhoto e o coração de Viana que, graças à artista plástica Joana Vasconcelos, se transformou nos últimos anos num verdadeiro artefacto pop.
A olhar bem de alto Viana do Castelo está o Monte de Santa Luzia e o Santuário do Sagrado Coração de Jesus, lugar onde se pode chegar através de um centenário funicular que nos leva da estação ferroviária até ao santuário, ou continuando a viagem de carro por entre o verde que cobre o monte e estradas de paralelo. Qualquer que seja a forma de lá chegar, não dará por mal empregue o seu tempo.
Depois de descer e antes de se deleitar com a magnificência da foz do rio Lima, aconselhamos a visitar a Confeitaria Natário e aprovar as suas famosas bolas de Berlim.
Não há itinerário ou compêndio sobre as cidades de Portugal para visitar de carro que se preze que não tenha o Peso da Régua na lista. Para quem gosta de fruir do prazer da condução e, simultaneamente, ser deslumbrado com a magnífica paisagem da mais antiga região demarcada de vinhos do mundo, o Douro, Peso da Régua é lugar de paragem obrigatória.
Uma vez na Régua, pedimos moderação. É que esta é a cidade de Portugal onde se situa o Museu do Douro (Casa da Companhia Velha), espaço que nos dá a conhecer património da Região Demarcada do Douro e dos seus vinhos, muito especialmente o vinho do Porto.
Antes de partir em direção a outras cidades de Portugal, pare na marginal junto à histórica Estação Ferroviária de Peso da Régua e aproveite para comprar os famosos rebuçados de mel da Régua e deleitar-se com o pôr-do-sol sobre os vinhedos do Douro.
Entrar na "Veneza Portuguesa" conduzindo entre os canais e salinas que antecipam a chegada a Aveiro é um prazer indescritível, assim como indiscritível é apanhar boleia dos tradicionais moliceiros e deixarmo-nos encantar com os edifícios em Arte Nova que rebordam os canais do centro da cidade.
Nesta viagem por Aveiro, aconselhamos a que não perca, igualmente, os painéis de azulejos que se encontram na Estação Ferroviária, a Catedral de Aveiro, a Praça do Peixe e, claro está, uma das incontáveis pastelarias e confeitarias onde se fabricam os deliciosos ovos-moles.
As ondas gigantes da Nazaré têm sido o grande chamariz da Nazaré ao longo dos últimos anos, mas esta cidade que se estende até ao Oceano Atlântico tem muito mais para contar, tal como o fabuloso miradouro do Suberco onde, resistindo à passagem do tempo, o visitante pode ver a marca da ferradura do cavalo de D. Fuas Roupinho ou Farroupim, cavaleiro rodeado por uma aura de mistério de quem se diz ter sido companheiro de armas de D. Afonso Henriques e que protagonizou o chamado Milagre da Nazaré.
Segundo as crónicas, D. Fuas Roupinho ter-se-á perdido dos companheiros quando caçava a cavalo num dia de nevoeiro. Continuando a cavalgar, o cavalo onde seguia acabou por miraculosamente parar quando se encontrava numa ravina perto de uma gruta onde uma imagem da Virgem Maria com o Menino Jesus era venerada. Desde esse dia, esse momento ficou celebre como o Milagre da Nazaré e a Virgem e o Menino tiveram direito à Ermida da Memória.
Para além disto, as pitorescas ruas da cidade, as tradições piscatórias de que as mulheres das sete saias e a arte xávega são as mais proeminentes, oferecem mais do que razões para que a Nazaré esteja na lista obrigatória das cidades de Portugal a visitar.
Na imensa planície alentejana ergue-se forte e segura a romana Évora. Imortalizada por Vergílio Ferreira no belíssimo livro "Aparição", a capital do Alentejo é um somatório de deslumbramento. Depois da tranquilidade da condução nas intermináveis retas alentejanas, entramos numa cidade de Portugal que respira cultura e história.
Do icónico Templo de Diana, resquícios da passagem romana por estas terras, passando pela Capela dos Ossos, cujo interior é forrado inteiramente por ossos humanos, pelo Convento dos Loios, que nos oferece um dos melhores exemplos do estilo arquitetónico gótico-mudéjar e manuelino, ou a Praça do Giraldo, que presta homenagem a Geraldo Geraldes, o Sem Pavor, pela conquista de Évora aos mouros em 1167 e que hoje é local de paragem obrigatória para um almoço ou um copo noturno, esta cidade de Portugal, Património da Humanidade, vale bem uma visita.
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Fontes: Maladeaventuras.com, viajarentreviagens.pt, queroviajarmais.com, viagens e caminhos.com e turistaprofissional.com